quinta-feira, 31 de março de 2011

Esquecida, mas ainda necessária


"Sentada no topo da torre de seu quarto, olhando para o horizonte, em nada mais Julieta conseguia pensar do que em seu amado. Onde estaria Romeu? Ainda pensaria nela? Ainda se lembraria das noites escondidas que passaram juntos, correndo o risco de serem descobertos e condenados à separação eterna? Seu perfume ainda estaria impregnado em suas roupas, como se já fosse parte dele próprio? De repente, a criada bateu à porta, entregando-lhe uma carta. Após agradecer, fechou a porta e reconheceu de imediato a letra dele. Dizia que estava ansioso para voltar e encontrá-la, e que agora nada mais importava a não ser ter certeza de que ficariam juntos para sempre. Julieta encheu os olhos de lágrimas e demorou-se chorando. Lágrimas de emoção. Afinal, se não podia estar perto de seu amado, aquela carta era a maior prova de que ele ainda estava ali, como se aquele simples papel fosse a maior ligação entre eles. Ainda em lágrimas, Julieta deixou-se adormecer, encontrando Romeu em seus sonhos."

No passado, Julieta emocionou-se ao receber um simples pedaço de papel com os sentimentos de Romeu escritos. A carta, material tão utilizado ao longo dos séculos, vem caindo no esquecimento dia após dia. Há quem acredite que não há mais necessidade de escrever cartas. Serve apenas para gastar mais papel. Mas, convenhamos, cartas ainda são extremamente mais românticas do que os conhecidos e-mails ou mensagens SMS. Há algo em uma carta que consegue capturar o real, até algum reconhecimento pessoal, que o e-mail não passa.

Claro, hoje em dia, e-mail se tornou algo comum e eficiente, pois em apenas segundos, a mensagem é enviada de um canto a outro do planeta. Correio tornou-se palavra rara no uso diário, imagine então receber uma carta que não seja do banco ou de alguma propaganda? Muitos acreditam que nada consegue surpreender mais do que uma bela carta, seja para a pessoa amada ou a alguém que há muito não se vê, mas a correria do dia-a-dia torna muito mais em conta mandar um e-mail e continuar com os compromissos. Que tal tirar meia horinha do seu dia para emocionar sua Julieta ou seu Romeu?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Registrando a escrita

Antes de computadores serem criados, com suas tecnologias para digitação e registro de escritas, o papel era a escolha tradicional para este trabalho. Mas até o papel chegar, muitos outros meios eram utilizados, sendo alguns deles pedras, conchas, cascas, folhas de árvores e assim segue uma lista de inúmeros objetos. Mas talvez os que mereçam mais destaque como maneira de gravar a escrita sejam o papiro, o pergaminho e o papel (já comentado anteriormente).
Cronologicamente, o papiro foi o primeiro a surgir, sendo utilizado na Alta Antiguidade pelos egípcios. Ele era fabricado a partir de uma planta de mesmo nome, que após diversas modificações, virava uma folha. Para escrever, era utilizado um talo vegetal de ponta afiada e a tinta era um pigmento dissolvido em gomas vegetais. Os mercadores levavam o papiro para fora do Egito, e ele passou a abastecer regiões da Ásia e da Europa. 
Já o pergaminho, diferentemente do pariro, era fabricado com pele de carneiro, curtida e polida para receber a escrita. Há uma certa lenda sobre a criação do pergaminho, que resumidamente pode ser contada como alternativa do Rei de Pérgamo, no século II a.C., de expandir a biblioteca da cidade depois que os faraós do Egito cortaram o fornecimento de papiro. Sua única escolha foi começar a escrever em pele de animal, e com o passar do tempo, o reino aprimorou a preparação e a fabricação e deu à pele de animal transformada o nome de pergaminho - qualquer semelhança com o nome Pérgamo não é mera coincidência.
Mas na verdade, em 401 a.C., foi encontrado na Pérsia documentos escritos em pele de animal. Mesmo assim, apenas em Pérgamo que o processo de fabricação do pergaminho foi aprimorado. A Europa passou a usar também o pergaminho, que foi seu único material de escrita depois do século VIII, quando o bloquio árabe do Mediterrânio fez o comércio de papiro desaparecer.
Já o papel foi inventado pelos chineses, e eles também têm uma certa "lenda" por trás dessa maravilhosa criação, que não é tão acreditada, pois ela se passa no século 105 d.C., e houve uma descoberta de um pedaço de papel fabricado no século II a.C. Há uma certa ligação do papel com o tecido também, pois ambos contém basicamente os mesmos componentes para criação, como cânhamo, juta, algodão, etc. A diferença fundamental entre eles é que o tecido é obtido através de um processo físico e o papel, através de um processo químico.Partindo da China, difundiu-se pelo extremo Oriente, chegando posteriormente à Coréia, ao Japão, Vietnã, e demorou mais um tempo para chegar à Índia. Seu modo de fabricação demorou para ser descoberto pelo resto. Cerca de um milênio e meio depois de sair da China, o papel chega à Europa, mas não se sabe exatamente em que região chegou primeiro. O papel não foi muito bem recebido na Europa, fato que explica a demora para ser passado de um país para o outro. Diversos argumentos contra o papel, tal como sua fragilidade, que o deixava considerado indigno de confiança. O papel realmente é mais frágil que o pergaminho, mas todo o preconceito tem também origem religiosa. Ele havia chegado ao continente através dos árabes e judeus, que eram os maiores inimigos da Europa cristã.A fabricação desses meios para registro de escrita colaboraram drasticamente para a quantidade de informação que temos hoje em dia, pois eles marcam fatos históricos e ajudam a conhecer civilizações que caminharam sobre a Terra.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O mais clássico

Se perguntarmos a alguém qual o meio de comunicação que ele mais utiliza, ele provavelmente responderá com uma simples e muito utilizada palavra: internet. Nada mais normal em um universo onde a velocidade da tecnologia quase se iguala à velocidade da luz. Mas mesmo assim, sabemos que o jornal ainda é o mais clássico - e muitas vezes o mais confiável - meio de comunicação.
Para deixar mais claro, jornal não é apenas aquela resma que recebemos na porta de casa de manhã cedo. A palavra jornal pode ser considerada como qualquer publicação dotada de atualidade, periodicidade e variedade de matéria. Sendo assim, pode-se dizer que a escrita nas paredes, ainda no tempo dos homens das cavernas, era um tipo de jornal. As diversas buscas pela localização do jornal na Antiguidade apontam traços dele com os babilônios, com os chineses de milênios atrás e até mesmo com os egípcios antes de Cristo. Como todas essas descobertas são vagas e duvidosas, o marco do início do jornal é considerado a época do Império Romano. Os romanos redigiam documentos de caráter político-religioso, alguns para o público e outros secretos, sendo isto chamado de comunicação mural.
Em 1958, João Lobosque Neto criou o "Jornal do Poste". Ele escrevia suas notícias e afixava o Jornal em locais movimentados da cidade logo ao amanhecer, chegando antes que os jornais de grandes nomes. Era uma maneira de ter a informação mais cedo e sem nenhum custo. Só era necessário parar por alguns minutos e ler o documento, que era atual e variado.
Hoje em dia, a internet pode ser considerada um Jornal do Poste moderno, pois as informações nela chegam rapidamente, através de sites ou blogs, e geralmente antes do jornal impresso bater às portas de casa. O twitter, que virou mania em 2010, tem sido um dos principais meios de expor notícias. Mas isso não significa que tudo o que lá é escrito é verdade. O maior problema da internet é a credibilidade da matéria, que pode ou não ser verdadeira. O melhor a fazer para ter certeza de uma informação é procurá-la direto na fonte, ou no mínimo em diversos meios de comunicação, afinal, todos querem estar informados com a verdade.

Comunicação - Do grito ao satélite (Antonio F. Costella)

quinta-feira, 10 de março de 2011

2001 - Uma Odisséia no Espaço


Quando ouvimos falar em tecnologia, logo pensamos em aparelhos eletrônicos, como computadores e tudo mais que o mercado tem para nos oferecer. Claro, nos dias de hoje, essa é a a nossa definição para tecnologia. Mas, e no passado?
Naquela época, também eram coisas novas, mas não necessariamente eletrônicas. Um claro exemplo do uso da tecnologia "diferente" se mostra em um trecho do Filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço". A cena, extremamente comentada na época em que o filme foi lançado, mostra a tecnologia que os macacos encontraram para defender ou marcar seu território. A ossada de um animal virou arma de guerra, trazendo de volta a posse da terra para o primeiro grupo de macacos. Aí está a tecnologia. De uma maneira arcaica, mas ainda assim, tecnologia.
O trecho também mostra como os macacos faziam para comunicar-se. Obviamente, não era pela fala, ou por palavras conhecidas pelos seres humanos. Gritos, batidas e movimentos eram os principais meios de comunicação. Isso mostra que há diversas maneiras de comunicação, não apenas a fala. Basta simplesmente explorarmos mais nossos conhecimentos para expandirmos nossos limites.


E para os curiosos de plantão que desejarem ver o trecho do filme, aqui está! 



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Olá, visitante! Então, esse blog foi feito exclusivamente para a matéria de Tecnologia em Comunicação Social, consequentemente, todos os posts serão relacionados a matéria. Seja bem-vindo e sinta-se a vontade para cair de cabeça no mundo da tecnologia da comunicação!