quarta-feira, 27 de abril de 2011

Rondon, um pioneiro

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em 1865 e ficou conhecido como Marechal Rondon. Cursou Matemática e Ciências Físicas e Naturais, entre outros cursos. Em meio a alguns estudos, a nomeação para chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso surgiu em sua vida. Logo após, foi designado para a Comissão de Construção da linha telegráfica que ligaria Mato Grosso e Goiás. Ele abriu caminhos para a comunicação entre o Centro-Oeste, lançando linhas telegráficas e sempre mantendo um relacionamente saudável com os índios, afinal, em suas veias também corria sangue indígena.


Entre 1892 e 1898 ajudou a construir as linhas telegráficas de Mato Grosso a Goiás, entre Cuiabá e o Araguaia, e em 1906, construiu mais uma linha telegráfica entre Cuiabá e Corumbá, que alcançava as fronteiras de Paraguai e Bolívia. Em 1907, estava no posto de major do Corpo de Engenheiros Militares e foi o chefe da comissão que construiria a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, que seria a primeira a alcançar a região amazônica. Esse trabalho ficou chamado de Comissão Rondon. Essa mesma comissão acompanhou-o na exploração da região Amazônica.
Nas palavras de Juarez Távora, Rondon foi sem dúvida um pioneiro, que não tinha medo algum de desbravar terras desconhecidas e criar avanços para a população.



quarta-feira, 13 de abril de 2011

O gênio escondido

No ano de 1855, um dos maiores inventores de todos os tempos era rotulado de inquieto e incapaz de aprender. O inventor da lâmpada elétrica, do fonógrafo, do microfone e do projetor de cinema, entre outras coisas, era completamente incompreendido dentro da sala de aula, fazendo com que seu período letivo durasse nada mais que três meses. Thomas Edison tinha a sede de saber desde sua infância, característica que só trouxe benefícios para a sociedade. Sua mãe, percebendo que o garoto era muito mais do que a escola dizia, tratou de educar o menino em casa, aumentando ainda mais sua curiosidade. Não bastava apenas ler os livros de química, era preciso testar, sentir nas mãos o que acontecia. A eletricidade e o teléfrago sempre haviam fascinado Thomas, que não parava sequer um momento de trabalhar com o que amava, chegando a construir um laboratório de química dentro do trem onde trabalhava. Conforme o passar do anos e alguns filhos, o trabalho continuava vindo em primeiro lugar, e o homem conhecido como o mais útil cidadão americano ia deixando seus traços na história. Após muito esforço, criou a lâmpada em 21 de outubro de 1879 e ela brilhou por 45 horas sem parar. Mas ainda teve muito caminho a percorrer enquanto tentava criar um sistema de geração e distribuição de eletricidade para todos, tarefa que concretizou com muito sucesso. Em 1931, com 84 anos e mais de mil patentes, Thomas Alva Edison morreu, deixando para sempre sua marca na história da humanidade.

"Pensar é um hábito que ou se aprende quando se é moço ou talvez nunca mais." 


Enquanto o medo nos ajuda a sobreviver, a curiosidade nos leva a viver intensamente. Isso e a vontade inesgotável de aprender criaram um gênio aonde ninguém esperava. Pode-se dizer que uma das pessoas que mais deveria incentivar - o professor - fazia exatamente o contrário, julgando-o incapaz. Quantos gênios reprimidos não estão jogados pelo mundo, sem sequer receber a oportunidade de mostrar o que sabem? Nenhuma qualidade é maior do que a vontade de aprender e a falta de medo de errar. Afinal, errar é o primeiro passo para acertar. Nunca deixe o medo de errar impedir que você jogue.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Esquecida, mas ainda necessária


"Sentada no topo da torre de seu quarto, olhando para o horizonte, em nada mais Julieta conseguia pensar do que em seu amado. Onde estaria Romeu? Ainda pensaria nela? Ainda se lembraria das noites escondidas que passaram juntos, correndo o risco de serem descobertos e condenados à separação eterna? Seu perfume ainda estaria impregnado em suas roupas, como se já fosse parte dele próprio? De repente, a criada bateu à porta, entregando-lhe uma carta. Após agradecer, fechou a porta e reconheceu de imediato a letra dele. Dizia que estava ansioso para voltar e encontrá-la, e que agora nada mais importava a não ser ter certeza de que ficariam juntos para sempre. Julieta encheu os olhos de lágrimas e demorou-se chorando. Lágrimas de emoção. Afinal, se não podia estar perto de seu amado, aquela carta era a maior prova de que ele ainda estava ali, como se aquele simples papel fosse a maior ligação entre eles. Ainda em lágrimas, Julieta deixou-se adormecer, encontrando Romeu em seus sonhos."

No passado, Julieta emocionou-se ao receber um simples pedaço de papel com os sentimentos de Romeu escritos. A carta, material tão utilizado ao longo dos séculos, vem caindo no esquecimento dia após dia. Há quem acredite que não há mais necessidade de escrever cartas. Serve apenas para gastar mais papel. Mas, convenhamos, cartas ainda são extremamente mais românticas do que os conhecidos e-mails ou mensagens SMS. Há algo em uma carta que consegue capturar o real, até algum reconhecimento pessoal, que o e-mail não passa.

Claro, hoje em dia, e-mail se tornou algo comum e eficiente, pois em apenas segundos, a mensagem é enviada de um canto a outro do planeta. Correio tornou-se palavra rara no uso diário, imagine então receber uma carta que não seja do banco ou de alguma propaganda? Muitos acreditam que nada consegue surpreender mais do que uma bela carta, seja para a pessoa amada ou a alguém que há muito não se vê, mas a correria do dia-a-dia torna muito mais em conta mandar um e-mail e continuar com os compromissos. Que tal tirar meia horinha do seu dia para emocionar sua Julieta ou seu Romeu?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Registrando a escrita

Antes de computadores serem criados, com suas tecnologias para digitação e registro de escritas, o papel era a escolha tradicional para este trabalho. Mas até o papel chegar, muitos outros meios eram utilizados, sendo alguns deles pedras, conchas, cascas, folhas de árvores e assim segue uma lista de inúmeros objetos. Mas talvez os que mereçam mais destaque como maneira de gravar a escrita sejam o papiro, o pergaminho e o papel (já comentado anteriormente).
Cronologicamente, o papiro foi o primeiro a surgir, sendo utilizado na Alta Antiguidade pelos egípcios. Ele era fabricado a partir de uma planta de mesmo nome, que após diversas modificações, virava uma folha. Para escrever, era utilizado um talo vegetal de ponta afiada e a tinta era um pigmento dissolvido em gomas vegetais. Os mercadores levavam o papiro para fora do Egito, e ele passou a abastecer regiões da Ásia e da Europa. 
Já o pergaminho, diferentemente do pariro, era fabricado com pele de carneiro, curtida e polida para receber a escrita. Há uma certa lenda sobre a criação do pergaminho, que resumidamente pode ser contada como alternativa do Rei de Pérgamo, no século II a.C., de expandir a biblioteca da cidade depois que os faraós do Egito cortaram o fornecimento de papiro. Sua única escolha foi começar a escrever em pele de animal, e com o passar do tempo, o reino aprimorou a preparação e a fabricação e deu à pele de animal transformada o nome de pergaminho - qualquer semelhança com o nome Pérgamo não é mera coincidência.
Mas na verdade, em 401 a.C., foi encontrado na Pérsia documentos escritos em pele de animal. Mesmo assim, apenas em Pérgamo que o processo de fabricação do pergaminho foi aprimorado. A Europa passou a usar também o pergaminho, que foi seu único material de escrita depois do século VIII, quando o bloquio árabe do Mediterrânio fez o comércio de papiro desaparecer.
Já o papel foi inventado pelos chineses, e eles também têm uma certa "lenda" por trás dessa maravilhosa criação, que não é tão acreditada, pois ela se passa no século 105 d.C., e houve uma descoberta de um pedaço de papel fabricado no século II a.C. Há uma certa ligação do papel com o tecido também, pois ambos contém basicamente os mesmos componentes para criação, como cânhamo, juta, algodão, etc. A diferença fundamental entre eles é que o tecido é obtido através de um processo físico e o papel, através de um processo químico.Partindo da China, difundiu-se pelo extremo Oriente, chegando posteriormente à Coréia, ao Japão, Vietnã, e demorou mais um tempo para chegar à Índia. Seu modo de fabricação demorou para ser descoberto pelo resto. Cerca de um milênio e meio depois de sair da China, o papel chega à Europa, mas não se sabe exatamente em que região chegou primeiro. O papel não foi muito bem recebido na Europa, fato que explica a demora para ser passado de um país para o outro. Diversos argumentos contra o papel, tal como sua fragilidade, que o deixava considerado indigno de confiança. O papel realmente é mais frágil que o pergaminho, mas todo o preconceito tem também origem religiosa. Ele havia chegado ao continente através dos árabes e judeus, que eram os maiores inimigos da Europa cristã.A fabricação desses meios para registro de escrita colaboraram drasticamente para a quantidade de informação que temos hoje em dia, pois eles marcam fatos históricos e ajudam a conhecer civilizações que caminharam sobre a Terra.